FOFOCA NO POSTE
“Vi a Cidinha saindo da pensão do Genaro com o filho do Genival da borracharia. Ele deu um beijo nela e depois tacou a mão na sua bunda. Ela tava descabelada e correu pra casa.
Coitado do Cidão, tá levando corno”.
Subitamente apareciam colados nos postes da cidade de São Sebastião da Amoreira, interior do Paraná, cartazes que contavam pecadilhos, escapadelas e pequenas maldades dos seus habitantes.
Seu Antonio, pai do João da Bota era o fofoqueiro, sempre de plantão. Morando com Marta sua mulher e Elizângela sua irmã, era tido como cidadão correto e bem aposentado.
Mantivera o segredo por anos a fio, a cidade nunca imaginou que ele era o autor das manchetes.
Escrevia a notícia com pincel atômico, preenchia uma média de oito a dez cartazes em papel comum e, como levantava cedo, os colava nos principais postes da cidade sem ser notado.
Falava-se que era o padre Eugênio, o fofoqueiro fantasma, conservador e moralista, sempre tentando dominar os ímpetos dos fiéis, até o dia que surgiu nos postes cartazes alertando a população dizendo:
“ O padre Eugênio quando bebe (e tem bebido muito ultimamente!) se veste de mulher e agora já ta dando o cú...Cuidado Juvenal do posto – eu vi tudo, cuide da mangueira!”
A cidade ficou em polvorosa! Será que é verdade?...Bem que notei que o padre anda estranho...Domingo na missa ele tava falando fino. O Juvenal? Não acredito. Mas será? Questionavam todos. O padre nem é tão gostoso, escapou da goela da Filha de Maria, que assustada com o que dissera, tapou a boca com os dedos.
Assim, a cidade toda comentava e os envolvidos tentavam se desculpar, ou sumiam por uns tempos.
Viadagem não!!! Alertou o prefeito Agaciel, à tarde, numa roda no bar do Cidão.
O tempo passava e lá vinha outra notícia grudada nos postes:
“O Edimar da padaria anda passando o pincel na rola da Ester, mulher do Amâncio Bolacha. Ela tá com a aranha peluda. Eu vi os dois juntos na estradinha da Maçaroca se maçarocando dentro do Fusca branco”.
E estourava nova “rebordosa” na cidade. Será verdade? Justo a Ester! Não acredito! É, mas ela tem uma cara de safadinha...Coitado do Bolacha. Tá na hora do Edmundo Delegado tomar uma providência. Tem que prender o Edimar, falou um imbecil qualquer.
Toninho, amigo -irmão de Edimar tratou de apoiar: Coitado dele, não tem culpa, aquela mulher é uma cavala, quem aguentaria dizer não? Fez-se silêncio e todos olharam pro Toninho (Até tu...?).
Coitada é a mulher dele, aparteou Matilde. Ter que ouvir tudo isso e não ter certeza de nada. A Zuninha não tem boca pra nada!
Ah, mas que a Ester merece um trato, merece, comentou Eduardo, arrependendo-se imediatamente ante os olhares da roda.
Laury Sarola, já meio bebum, arrematou: esse Edimar heim? Comeu bem! Vai ser gostosa lá na minha casa...
Penso que este caso vai parar na mão do Dr. Otug, o juiz, ponderou, com responsabilidade, Rodrigo, que viera de Rio Negro, filho do Hortêncio da papelaria.
Vai nada, isso vai virar é uma surubada geral, detonou Bráulio da Construtora, que cochilava na mesa, depois de umas cinco Brama Extra.
O tempo passava, e:
“O Mário do Cartório tá metendo a mão no jarro, quer por que quer comprar a Fazenda do Pintinho e o Dr. Cravoso não tá percebendo. Se continuar assim vai fechar o Cartório e comer a mulher do dono.”
Nova esbórnia em São Sebastião da Amoreira, Dr. Otug foi consultado. Nada disse, aguardava manifestação do Ministério Público ou de algum advogado.
Até que o tempo passasse, ficava latente uma nuvem de desconfiança entre os habitantes de São Sebastião da Amoreira.
Questões surgiam nas mentes mais poluidas e inseguras: Quem tá dando pra quem? Quem tá comendo quem? Quem tá roubando ou sendo roubado? Quem virou de lado?
E o seu Antonio se divertia com o seu segredo.
Vez por outra surgia uma nova fofoca nos postes.
Se alguém(s) desse(m) mole ia(m) pro poste.
Seu Antonio continuava incólume e assim ficou durante anos, até que um dia “caiu do cavalo”, morreu com o próprio veneno, entregou-se, sem querer.
Era uma quinta feira ensolarada, mês de outubro, nem quente nem frio, saiu pelos fundos de sua casa, a multidão enfurecida, queria linchá-lo. Correu em direção da garagem, buscava seu automóvel, não teve sorte. Dona Marta não sabia o que se passava, correu em socorro do marido, a multidão furiosa engrossava o número. O padre xingava, fazia o nome do pai e pedia perdão.
Aquela maratona pelas ruas da cidade, liderada pelo Seu Antonio, ia revelando os dizeres dos cartazes recém colados nos postes:
“A minha irmã Elizângela tá corneando meu cunhado Vicente, coitando na cadeira do dentista toda quarta feira às 11,00 horas! Diz que o Dr. Cosme, marido da Délia, tem o pinto pequeno mas trepa bem!"
terça-feira, 30 de junho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
FESTIVAL DE PARINTINS
AZUL É A COR DO BOI CAPRICHOSO.
VERMELHO É A COR DO BOI GARANTIDO.
A Amazônia é uma utopia cabocla.
Ser caboclo é ser guardião da Amazônia...
Yara mãe Dágua e Tapilauara são homenageadas pelo Caprichoso.
Viver é mais que ser - é aprender!!!
Natureza mãe da vida!
Estas são algumas das mensagens do Boi Caprichoso no Bumbódromo
Foi uma aula de cultura popular que assisti hoje. Uma mega aula.
Teve aldeia xamanica, Heu auê. O arcanjo xamã e Tocorimés vem invocar...
Ora e cura Paim Pajé...Luta e Dança Paim Pajé...
A deslumbrante (não sou viado não) transformação da formiga em arara azul...a rainha do folclore. O que é aquilo? Pura criatividade, sensacional!!!...
E a viagem do pajé ao centro da terra (aldeia subterrânea) (surfista do Suvuya - Calendário Maia), que sensacional. O coletivo brasileiro é sensacional.
Luta pela preservação da amazônia e pela cultura brasileira.
Trabalho de pesquisa fantástico - verde e amarelo.
Música - ritual indígena para despertar Dori do Subterrâneo. Dori é o espirito do mal que aprisiona a alma dos mortos - Daí a pajelança - a luta do bem contra o mal. Deslumbrante, simplesmente. Valeu a pena ficar acordado.
VERMELHO É A COR DO BOI GARANTIDO.
A Amazônia é uma utopia cabocla.
Ser caboclo é ser guardião da Amazônia...
Yara mãe Dágua e Tapilauara são homenageadas pelo Caprichoso.
Viver é mais que ser - é aprender!!!
Natureza mãe da vida!
Estas são algumas das mensagens do Boi Caprichoso no Bumbódromo
Foi uma aula de cultura popular que assisti hoje. Uma mega aula.
Teve aldeia xamanica, Heu auê. O arcanjo xamã e Tocorimés vem invocar...
Ora e cura Paim Pajé...Luta e Dança Paim Pajé...
A deslumbrante (não sou viado não) transformação da formiga em arara azul...a rainha do folclore. O que é aquilo? Pura criatividade, sensacional!!!...
E a viagem do pajé ao centro da terra (aldeia subterrânea) (surfista do Suvuya - Calendário Maia), que sensacional. O coletivo brasileiro é sensacional.
Luta pela preservação da amazônia e pela cultura brasileira.
Trabalho de pesquisa fantástico - verde e amarelo.
Música - ritual indígena para despertar Dori do Subterrâneo. Dori é o espirito do mal que aprisiona a alma dos mortos - Daí a pajelança - a luta do bem contra o mal. Deslumbrante, simplesmente. Valeu a pena ficar acordado.
domingo, 28 de junho de 2009
FESTIVAL DE PARINTINS - VIBRASILSILSILSILSIL
QUE SHOW!!! VIBRASIL!!!
SIM EU VI O BRASIL E VIBREI!!!!
No meu modesto entender, bate o carnaval carioca. Que me perdoem os cariocas.
É um espetáculo de folclore, criatividade, musicalidade, história e acima de tudo: CULTURA BRASILEIRA. MARAVILHOSO... e sem frescura, silicone e etc.
Só Brasil. Morenas maravilhosas, fantasias maravilhosas, lendas, floresta, música e paz.
É a Amazônia brasileira posta em relêvo. Quem não viu, perdeu.
"Dança do Fogo, Dança da Terra (pachamama), Dança das Águas e do Ar. Sem espada, sem cruz, só amor.
Celebrando em circulo sagrado a união sol e lua".
Parabéns para a TV Bandeirantes
EMOÇÃO, ESPERANÇA E RESISTÊNCIA.
SIM EU VI O BRASIL E VIBREI!!!!
No meu modesto entender, bate o carnaval carioca. Que me perdoem os cariocas.
É um espetáculo de folclore, criatividade, musicalidade, história e acima de tudo: CULTURA BRASILEIRA. MARAVILHOSO... e sem frescura, silicone e etc.
Só Brasil. Morenas maravilhosas, fantasias maravilhosas, lendas, floresta, música e paz.
É a Amazônia brasileira posta em relêvo. Quem não viu, perdeu.
"Dança do Fogo, Dança da Terra (pachamama), Dança das Águas e do Ar. Sem espada, sem cruz, só amor.
Celebrando em circulo sagrado a união sol e lua".
Vi o Boi Garantido e agora vou ver o Boi Caprichoso.
Parabéns para a TV Bandeirantes
EMOÇÃO, ESPERANÇA E RESISTÊNCIA.
DONO DA CADEIRA DO MEIO REINTEGRADO NA POSSE
Bastaram poucos minutos para que o caos fosse estabelecido. Algumas palavras por parte do dono da “cadeira do meio” foram suficientes para que o dono da cantina se rebelasse, num lampejo de fúria, garrafas de cervejas “cheias” (que tristeza) foram arremessadas contra o chão e contra a parede, “e os donos”, da cantina e da cadeira, quase foram às vias de fato.
O dono da cadeira do meio, inconformado com a violência, abandonou-a, sem ao menos um adeus!
Quando soube da história, senti que efetivamente o mundo estava mudando. Nem mesmo uma cadeira merece respeito...
Cadeira de madeira e palha, adornada com as cores do time do coração rebelde, que tantas vezes havia suportado o peso de seu dono, acalentado seu sono entrecortado por goles de cervejas e murmúrios ininteligíveis. Cadeira que escondeu a flatulência distorcida, reprimida e por vezes dissimulada suportando os seus odores para não delatar o seu dono. Cadeira que agora, jazia, ali, inerte, vazia.
Realmente, o mundo estava mudando, seriam os efeitos do Planeta Nibiru, que insiste em readequar o eixo da terra?
Diz a lenda que somente os bons serão resgatados. Mas e aquela cadeira solitária, que culpa tinha? Ela já incorporara a alma do "sentador rebelde" e no meio de tantas outras cadeiras, permanecia inerte e só, indefesa, sem poder lutar pelo dono...
O dono da cadeira do meio, inconformado com a violência, abandonou-a, sem ao menos um adeus!
Quando soube da história, senti que efetivamente o mundo estava mudando. Nem mesmo uma cadeira merece respeito...
Cadeira de madeira e palha, adornada com as cores do time do coração rebelde, que tantas vezes havia suportado o peso de seu dono, acalentado seu sono entrecortado por goles de cervejas e murmúrios ininteligíveis. Cadeira que escondeu a flatulência distorcida, reprimida e por vezes dissimulada suportando os seus odores para não delatar o seu dono. Cadeira que agora, jazia, ali, inerte, vazia.
Realmente, o mundo estava mudando, seriam os efeitos do Planeta Nibiru, que insiste em readequar o eixo da terra?
Diz a lenda que somente os bons serão resgatados. Mas e aquela cadeira solitária, que culpa tinha? Ela já incorporara a alma do "sentador rebelde" e no meio de tantas outras cadeiras, permanecia inerte e só, indefesa, sem poder lutar pelo dono...
Os frequentadores do local, versados nas lides jurídicas previam um novo caso de usucapião. Ah! ele pediria a usucapião e retornaria tomando posse da sua cadeira o que não lhe envergonharia, teria retornado sob o respaldo da lei!!!
Contudo, outros questionaram: e se perdesse a ação? O que seria da cadeira sem o seu companheiro fiel? E o resgate final? Ah. Nibiru!!!
Nibiru tramava o impensável: a separação da cadeira e seu dono.
Como fazer permanecer os dois juntos?
Felizmente, os amigos dos donos (da cadeira e da cantina), conseguem fazer adequações quase que imperceptíveis para as partes (sic). Usam o artifício indigienista da aproximação.
Conforme sabemos, muitas áreas demarcadas envolvem outros interesses que não os indígenas, como áreas indígenas sobrepostas a áreas de proteção ambiental; estão localizadas na faixa de fronteira, portanto estratégicas para a segurança nacional; em propriedades privadas destinadas à produção agropecuária e outras atividades econômicas importantes para estados e municípios; ou ainda aquelas ocupadas por obras de infraestrutura, como estradas, redes de energia elétrica e telefônica.
No caso específico da briga dos “donos”, existem reservas: a primeira, homologada como reserva para Cantina Portuguesa em uma determinada data a aproximadamente 11 anos, e a outra, do dono da cadeira, que argumenta freqüentar o local muito antes da homologação ao primeiro. O dono do assento afirma que a demarcação incide sobre uma propriedade com registro de ocupação, onde existe uma “cadeira” de população rural e urbana de aproximadamente 1 (uma) pessoa. E ASSEVERA, ELA É SÓ MINHA!!! PODE IR SAINDO DAÍ...
Felizmente, os amigos dos donos (da cadeira e da cantina), conseguem fazer adequações quase que imperceptíveis para as partes (sic). Usam o artifício indigienista da aproximação.
Conforme sabemos, muitas áreas demarcadas envolvem outros interesses que não os indígenas, como áreas indígenas sobrepostas a áreas de proteção ambiental; estão localizadas na faixa de fronteira, portanto estratégicas para a segurança nacional; em propriedades privadas destinadas à produção agropecuária e outras atividades econômicas importantes para estados e municípios; ou ainda aquelas ocupadas por obras de infraestrutura, como estradas, redes de energia elétrica e telefônica.
No caso específico da briga dos “donos”, existem reservas: a primeira, homologada como reserva para Cantina Portuguesa em uma determinada data a aproximadamente 11 anos, e a outra, do dono da cadeira, que argumenta freqüentar o local muito antes da homologação ao primeiro. O dono do assento afirma que a demarcação incide sobre uma propriedade com registro de ocupação, onde existe uma “cadeira” de população rural e urbana de aproximadamente 1 (uma) pessoa. E ASSEVERA, ELA É SÓ MINHA!!! PODE IR SAINDO DAÍ...
Pois bem, deixando de lado os argumentos, o esquema de aproximação bolado pelos frequentadores, parece que deu certo. Não faltaram os presentinhos, tais como: espelhinhos, sandálias havaianas, bermudinhas coloridas, panelas, lápis de cor, bacias etc. Após visitas de reconhecimento (um veio cá e o outro foi lá), aconteceu o que os donos queriam. Rasgaram-se os decretos lançados por medidas provisórias e após pequena solenidade, entre beijos e abraços, o dono da cadeira do meio foi, finalmente, reintegrado na posse no dia 25 de junho de 2009.
Não sei quem está mais feliz, se a cadeira, seu dono ou o dono da cantina.
Nota do autor: A felicidade dos três é surpreendente!!!
quarta-feira, 10 de junho de 2009
DIZEM QUE É DO VERÍSSIMO.
RECEBI DO MEU AMIGO PEDRINHO.
Degustação de vinho em Minas - Hummm... - Hummm...- Eca!!!- Eca?! Quem falou Eca? - Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas... - Putaqueupariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo ?!- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor? - Cêbêsta sô, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild! - O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é ?- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então... - E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada! - O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no... - Mais num vai introduzi é nada e nunca! Desafasta, coisa ruim! - Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens... - Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta... - O senhor poderia começar com um Beaujolais! - Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana! - Então, que tal um mais encorpado? - Óia lá, ocê tá brincanu com fogo... - Ou, então, um suave fresco! - Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de metê um tapa na sua cara desavergonhada! - Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar! - Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta... - Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio? - E que tal a mão no pédovidu, hein, seu fióte de Belzebu? - Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei? - Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia! - Mole e redondo, com bouquet forte? - Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é trêis! Num corre, não, fiudaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!... Luiz Fernando Veríssimo
RECEBI DO MEU AMIGO PEDRINHO.
Degustação de vinho em Minas - Hummm... - Hummm...- Eca!!!- Eca?! Quem falou Eca? - Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas... - Putaqueupariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo ?!- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor? - Cêbêsta sô, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild! - O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é ?- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então... - E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada! - O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no... - Mais num vai introduzi é nada e nunca! Desafasta, coisa ruim! - Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens... - Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta... - O senhor poderia começar com um Beaujolais! - Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana! - Então, que tal um mais encorpado? - Óia lá, ocê tá brincanu com fogo... - Ou, então, um suave fresco! - Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de metê um tapa na sua cara desavergonhada! - Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar! - Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta... - Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio? - E que tal a mão no pédovidu, hein, seu fióte de Belzebu? - Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei? - Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia! - Mole e redondo, com bouquet forte? - Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é trêis! Num corre, não, fiudaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!... Luiz Fernando Veríssimo
OS JORNAIS ANUNCIAM LEI NOVA VINDO POR AÍ...
E OS VEÍCULOS MOVIDOS À DIESEL SRS PREFEITOS E GOVERNADORES, QUANDO CIRCULARÃO REGULADOS?????
E A CULPA É DOS FUMANTES...Tenho notado o cerco aos coitados dos fumantes.Tenho, também, notado que nada se faz a respeito dos veículos movidos a diesel e pergunto: Qual fumaça mais faz mal?É impressionante a fumaceira feita em nossa cidade por veículos desregulados. Ônibus de linha, veículos de entrega, caminhões, vans, furgões, camionetas etc e não vejo ninguém reclamar ou mudar de lugar, TROCAR DE MESA, fazer cara feia ou colocar cartazes (É proibido trafegar com veículo desregulado).(Fumaça de diesel faz mal à saúde), Fumaça de diesel preteia o colarinho branco).Só hoje, em menos de quinze minutos, num trajeto do Ahú até o Mossunguê, indo pela Nilo Peçanha, Inácio Lustoza e Rápida centro bairro, contei oito veículos totalmente desregulados, poluindo a cidade.Anotei a placa de dois deles AFA 8002 e DBW 2138.E aí? qual fumaça faz mais mal?
E OS VEÍCULOS MOVIDOS À DIESEL SRS PREFEITOS E GOVERNADORES, QUANDO CIRCULARÃO REGULADOS?????
E A CULPA É DOS FUMANTES...Tenho notado o cerco aos coitados dos fumantes.Tenho, também, notado que nada se faz a respeito dos veículos movidos a diesel e pergunto: Qual fumaça mais faz mal?É impressionante a fumaceira feita em nossa cidade por veículos desregulados. Ônibus de linha, veículos de entrega, caminhões, vans, furgões, camionetas etc e não vejo ninguém reclamar ou mudar de lugar, TROCAR DE MESA, fazer cara feia ou colocar cartazes (É proibido trafegar com veículo desregulado).(Fumaça de diesel faz mal à saúde), Fumaça de diesel preteia o colarinho branco).Só hoje, em menos de quinze minutos, num trajeto do Ahú até o Mossunguê, indo pela Nilo Peçanha, Inácio Lustoza e Rápida centro bairro, contei oito veículos totalmente desregulados, poluindo a cidade.Anotei a placa de dois deles AFA 8002 e DBW 2138.E aí? qual fumaça faz mais mal?
quinta-feira, 4 de junho de 2009
ESTÓRIAS DO JOÃO DA BOTA
Existem histórias que merecem ser contadas sejam elas folclóricas ou não.
Essa foi contada pelo João da Bota no dia 02 de junho de 2009 e segundo o contador de história, aconteceu pelos idos de cinqüenta, em uma cidadezinha do interior do Paraná, não sei se era Quatiguá ou São Sebastião da Amoreira. Um dos protagonistas era o pai do narrador, que chamarei de Seu Antonio.
Segundo João da Bota, seu Antonio era um senhor muito falante e também contador de “causos”. Político aposentado tinha por hábito, todos os dias, dar uma volta por toda a cidade, assim caminhava em torno de doze a treze quilômetros por dia.
Caminhava um pouco, tomava um cafezinho na venda do Seu Dito, caminhava mais um pouco tomava uma pinguinha no Bar do Serapião, na farmácia do Eunápio, mais algum tempo na porta, apreciando o movimento da cidade e trocando idéias com os amigos e assim passava o dia, de prosa em prosa.
Segundo o Paulino, era o fofoqueiro da cidade.
Eunápio, o farmacêutico, era um dos cidadãos mais respeitados da Comarca, pessoa de índole proba e ilibada, como diziam seus conterrâneos, casado com Sebastiana, filha do Abreu, tinha vindo do interior de São Paulo, ainda jovem, e ali se estabeleceu com sucesso, era um dos melhores amigos de seu Antonio, assim como era, também, Gomes o Coletor, casado com Santinha, ambos católicos e acima de qualquer suspeita.
Gomes, assim como seu Antonio perambulava pela cidade, quando não estava na coletoria. Sim, naqueles idos, ser coletor de impostos significava ser influente na cidade, embora não fosse político, proseava muito com seu Antonio.
Gomes já beirando os sessenta anos, costumava sair às oito horas, voltar para o almoço ao meio dia. Abria a coletoria, novamente às duas e a fechava às seis, religiosamente, como que a cumprir um ritual..... Eunápio, já não seguia o mesmo ritmo, visto que como proprietário de farmácia, atendia emergências e não podia seguir um horário tão preciso, além do que tinham os dedos de prosa depois do expediente.
A pacata cidade vez por outra era surpreendida, com cartazes colocados nos postes, delatando as aventuras amorosas de seus moradores...bem essa história eu conto depois.
Retornando ao assunto que interessa, seu Antonio, soube em suas andanças políticas, que o Gomes no dia anterior, não se sabe “porque cargas d´água”, resolveu voltar pra casa mais cedo e para sua surpresa encontrou o Eunápio farmacêutico, totalmente despido, aplicando uma “injeção” na Dona Santinha, também sem roupa no sofá vermelho da sala de estar de sua casa. Dizem que Dona Santinha ainda dava um bom caldo.
Segundo o Seu Antonio contou pro Serapião, Gomes ficou extremamente abalado e saiu de casa.
No dia seguinte os postes da cidade estavam cheios de cartazes dizendo: O Gomes pegou a Santinha pelada no sofá vermelho, dando pro Eunápio!!!”.
A cidade “pegou fogo”! Foi o assunto da semana.
O Eunápio sumiu e o Gomes também. Santinha não saiu mais de casa.
Passado algum tempo, seu Antonio percorrendo seus doze ou treze quilômetros, trajeto que mudara após o acontecido, passando pela frente da casa de Santinha, encontra o Gomes que ajeitava o jardim. Para ali um pouquinho, pensa e pergunta: e aí Gomes tudo bem? Voltou pra casa?
É, “perdoei ela”, vendi o sofá e voltei pra casa.
Existem histórias que merecem ser contadas sejam elas folclóricas ou não.
Essa foi contada pelo João da Bota no dia 02 de junho de 2009 e segundo o contador de história, aconteceu pelos idos de cinqüenta, em uma cidadezinha do interior do Paraná, não sei se era Quatiguá ou São Sebastião da Amoreira. Um dos protagonistas era o pai do narrador, que chamarei de Seu Antonio.
Segundo João da Bota, seu Antonio era um senhor muito falante e também contador de “causos”. Político aposentado tinha por hábito, todos os dias, dar uma volta por toda a cidade, assim caminhava em torno de doze a treze quilômetros por dia.
Caminhava um pouco, tomava um cafezinho na venda do Seu Dito, caminhava mais um pouco tomava uma pinguinha no Bar do Serapião, na farmácia do Eunápio, mais algum tempo na porta, apreciando o movimento da cidade e trocando idéias com os amigos e assim passava o dia, de prosa em prosa.
Segundo o Paulino, era o fofoqueiro da cidade.
Eunápio, o farmacêutico, era um dos cidadãos mais respeitados da Comarca, pessoa de índole proba e ilibada, como diziam seus conterrâneos, casado com Sebastiana, filha do Abreu, tinha vindo do interior de São Paulo, ainda jovem, e ali se estabeleceu com sucesso, era um dos melhores amigos de seu Antonio, assim como era, também, Gomes o Coletor, casado com Santinha, ambos católicos e acima de qualquer suspeita.
Gomes, assim como seu Antonio perambulava pela cidade, quando não estava na coletoria. Sim, naqueles idos, ser coletor de impostos significava ser influente na cidade, embora não fosse político, proseava muito com seu Antonio.
Gomes já beirando os sessenta anos, costumava sair às oito horas, voltar para o almoço ao meio dia. Abria a coletoria, novamente às duas e a fechava às seis, religiosamente, como que a cumprir um ritual..... Eunápio, já não seguia o mesmo ritmo, visto que como proprietário de farmácia, atendia emergências e não podia seguir um horário tão preciso, além do que tinham os dedos de prosa depois do expediente.
A pacata cidade vez por outra era surpreendida, com cartazes colocados nos postes, delatando as aventuras amorosas de seus moradores...bem essa história eu conto depois.
Retornando ao assunto que interessa, seu Antonio, soube em suas andanças políticas, que o Gomes no dia anterior, não se sabe “porque cargas d´água”, resolveu voltar pra casa mais cedo e para sua surpresa encontrou o Eunápio farmacêutico, totalmente despido, aplicando uma “injeção” na Dona Santinha, também sem roupa no sofá vermelho da sala de estar de sua casa. Dizem que Dona Santinha ainda dava um bom caldo.
Segundo o Seu Antonio contou pro Serapião, Gomes ficou extremamente abalado e saiu de casa.
No dia seguinte os postes da cidade estavam cheios de cartazes dizendo: O Gomes pegou a Santinha pelada no sofá vermelho, dando pro Eunápio!!!”.
A cidade “pegou fogo”! Foi o assunto da semana.
O Eunápio sumiu e o Gomes também. Santinha não saiu mais de casa.
Passado algum tempo, seu Antonio percorrendo seus doze ou treze quilômetros, trajeto que mudara após o acontecido, passando pela frente da casa de Santinha, encontra o Gomes que ajeitava o jardim. Para ali um pouquinho, pensa e pergunta: e aí Gomes tudo bem? Voltou pra casa?
É, “perdoei ela”, vendi o sofá e voltei pra casa.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Recebi hoje esta mensagem do Yamamoto.
Está voltando da terra do Sol Nascente.
Muita grana no bolso e mais saudade da gente.
Tá saindo do frio
pensando que vai vir pro quente...hehehehe
Olá Meus caros amigos
O meu retono a Curitiba está confirmado para o dia 17/07 as 9:55 no aeroporto Afonso Pena. Com muita saudade de todos, um grande Abraço. Até lá vamos se falando. Obs. me perdoem os demais amigos da turma do boteco que no momento não tenho os vossos emails.
Está voltando da terra do Sol Nascente.
Muita grana no bolso e mais saudade da gente.
Tá saindo do frio
pensando que vai vir pro quente...hehehehe
Olá Meus caros amigos
O meu retono a Curitiba está confirmado para o dia 17/07 as 9:55 no aeroporto Afonso Pena. Com muita saudade de todos, um grande Abraço. Até lá vamos se falando. Obs. me perdoem os demais amigos da turma do boteco que no momento não tenho os vossos emails.
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