sábado, 27 de novembro de 2010

PODERIO DE FOGO.


Ninguém imaginava, mas o fedor foi tanto que a Cantina do João Português esvaziou.

Guardem bem esta data, 26 de novembro de 2010, às 11.27 hs, foi impressionante! Pessoas jantavam, o bacalhau é delicioso! Outras, paqueravam e bebiam, não havia música, mas o ambiente era alegre.

Falávamos dos acontecimentos no Rio de Janeiro, o Bira tecia teorias inimagináveis, sobre a tomada dos morros, Aldo ruborizava a face ao lembrar canções da década boêmia onde o verdadeiro malandro usava navalha entre os dedos dos pés para a auto defesa, Mario Martines, bela alma argentina, festejava sua reconciliação com sua pequena namorada brasileira.

Enfim, todos conversávamos diversos assuntos, próprios para uma turma de meia idade em uma noite agradável de sexta feira.

O ambiente estava seleto, pessoas de diversas idades, incluindo a esposa do dono do estabelecimento que conversava com um casal inamistoso (se é que existe esta palavra). Contudo, tudo transcorria em harmonia, embora os atendentes estivessem estressados e o João Português dono do estabelecimento tivesse aumentado o preço da cerveja nos patamares de um night club (nós não sabíamos), viajávamos, jogando conversa fora.

Rodeavam a mesa: Bira, Dudu, Lara, Aldo, Mário (argentino), Pedrinho, Beto Psique e eu. Dudu, era o único que não absorvia a loira gelada, preferia a crioula da Pepsi light com Bacardi sei lá que tipo, mas, enfim, tava torrado!

Pois bem, o papo fluía naturalmente, sem muitos exageros e exaltações, ao meu lado, estava o Lara e ao lado dele estava o Aldo, em nossa frente se encontravam o Mario, o Dudu e o Pedrinho e na ponta da mesa estavam o Bira e o Beto.

De repente, fez-se o caos, silêncio, aquilo inundou o salão, tsunami, inigualável, para quem gosta, beirou a perfeição, perfeita obra do demônio. Enxofre misturado com algo pior, odor inatingível para a ciência humana. Este devia ser o cheiro dos umbrais mais profundos onde residem as almas dos pecadores mais perversos.

O autor silencioso, todos sabemos quem é, mas não temos prova. Porém é incompreensível como alguém que pesa, no máximo 55 quilos, tenha tanto poder de fogo. Inimaginável! Se fosse contratado pelo Comando das Forças Especiais ou sei lá o que do Rio de Janeiro, teria exterminado todos os traficantes em poucos segundos e seria desnecessária toda aquela parafernália vista nos canais de televisão de todo o País para ocupar as favelas da Penha, Vila Cruzeiro e Morro do Alemão. Arma letal!

Não sei se peido é narrável, mas este seria inenarrável, muito mais que simples fratulência, posto que, pasmem! Aquela pequena figura conseguiu esvaziar um recinto de aproximadamente 100 m², com umas 30 pessoas em poucos segundos. sem exageros! O terráqueo putrefacto eliminou toda e qualquer possibilidade de se permanecer naquele ambiente (insetos foram dizimados), detonando aquela bomba de tamanho poderio que obrigou a todos, sem exagero, sem toque de recolher, ou sequer um alarme a correrem para fora em busca de oxigênio.

Os antecedentes o entregaram, aliados a uma breve piscada contida num sorriso sarcástico. Contudo, surpreso, não esperava a ressonância de tamanha veleidade. Negou para não ser linchado, agora só lhe resta continuar negando a absurda proeza para não explicar a saúde do duto espelidor.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Aos amigos...



"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.


Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,


o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos


povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar


nele nada mais é do que desaparecer para sempre.


Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar.


Voltar é impossível na existência.


Você pode apenas ir em frente.


O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.


E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.


Porque apenas então o rio saberá que não se trata de


desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.


Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.


Assim somos nós.


Só podemos ir em frente e arriscar."autor desconhecido